Este blog é um espaço para circular idéias, informações e atividades que contribuam para a construção mútua do conhecimento.
Conhecimento mútuo
segunda-feira, 10 de agosto de 2015
Sobre o amor
Que conto de fada, que nada!
Isso pra mim num passa
de uma péssima piada
Eu, princesa, presa num castelo
salva por um beijo
num é o futuro que almejo
Da mulher, dos homens, das pessoas
são cobrados tantos comportamentos
ser perfeita, ser destemido
mas que tormento
Todos papéis dados,
mas com qual consentimento?
E depois dos felizes para sempre
será que então começa a vida real
companheirismo é um caminho
pra dividir um fardo de um mundo desigual
Por um amor que liberta
Em todos os cantos
esse é meu canto
Por um amor que não mais escraviza
Esse é minha luta, minha camisa
domingo, 9 de agosto de 2015
Dias dos pais sem paz
Em anos trabalhando na educação, em especial no local onde moro a periferia, percebo o quanto é negativo a comemoração do dia dos pais.
Aqui temos em sua maioria lares em que os pais não assumem as suas responsabilidades com as crianças, temos filhas e filhos da mãe, estas que lutam diariamente para dar conta da criação, educação, alimentação... e tantas outras demandas SOZINHAS, geralmente os pais cometem o aborto masculino, aquele que é legalizado: em que ele decide que não será o pai da criança, neste caso o "pai" simplesmente abandona e vive a sua vida tranquilamente.
E as crianças vão vivendo as consequências desse aborto masculino. E aí as escolas e em outras instituições que atropelam todo contexto de vida das crianças, me vem com atividades voltadas para a valorização da figura masculina, fazer uma cartinha para o pai, um desenho, tirar uma foto... Mas na verdade a criança não entregará a ninguém, ou entregará para a mãe. E cada ano dói pois é reforçado a ausência do pai.
Pior ainda fica a situação se acessarmos os meios de comunicação ou as redes sociais, nessa atual sociedade pautada pelo consumo, são inúmeras as propagandas, vídeos e depoimentos valorizando aquilo que mais falta nas casas: um pai.
Lembro de quando era criança, escrevia em minhas cartas Pãe ao invés de Pai, tive a sorte de ter um Padrasto que durante toda a minha vida esteve presente e que mereceu ser valorizado nessa data, mas a professora nunca me perguntou se tinha pai, pãe ou padrastro
Por isso todo ano era aquela mesma confusão: tínhamos um dia dos PAIS sem PAZ.
Aqui temos em sua maioria lares em que os pais não assumem as suas responsabilidades com as crianças, temos filhas e filhos da mãe, estas que lutam diariamente para dar conta da criação, educação, alimentação... e tantas outras demandas SOZINHAS, geralmente os pais cometem o aborto masculino, aquele que é legalizado: em que ele decide que não será o pai da criança, neste caso o "pai" simplesmente abandona e vive a sua vida tranquilamente.
E as crianças vão vivendo as consequências desse aborto masculino. E aí as escolas e em outras instituições que atropelam todo contexto de vida das crianças, me vem com atividades voltadas para a valorização da figura masculina, fazer uma cartinha para o pai, um desenho, tirar uma foto... Mas na verdade a criança não entregará a ninguém, ou entregará para a mãe. E cada ano dói pois é reforçado a ausência do pai.
Pior ainda fica a situação se acessarmos os meios de comunicação ou as redes sociais, nessa atual sociedade pautada pelo consumo, são inúmeras as propagandas, vídeos e depoimentos valorizando aquilo que mais falta nas casas: um pai.
Lembro de quando era criança, escrevia em minhas cartas Pãe ao invés de Pai, tive a sorte de ter um Padrasto que durante toda a minha vida esteve presente e que mereceu ser valorizado nessa data, mas a professora nunca me perguntou se tinha pai, pãe ou padrastro
Por isso todo ano era aquela mesma confusão: tínhamos um dia dos PAIS sem PAZ.
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