segunda-feira, 29 de maio de 2017

Escola com sentido

Por Sheyla Melo
Foto de Reinaldo Canato/Folhapress


A lei 10.639/03, fruto de luta dos movimentos negros, obriga o ensino da história geral da África e da história da população negra no Brasil, infelizmente, ainda não está plenamente executada, é minoria as escolas que trabalham o tema, segundo o vereador e presidente da SINPEEM, Claudio Fonseca, a escola reproduz a sociedade, logo os preconceitos e discriminações que estão no corpo social aparecem também nas escolas, isso seria uma das explicações sobre porque ainda muitas crianças e adolescentes saem das escolas sem saber a história da África e sua própria história.

Nas periferias é grande o número da população negra ou afrodescendente, sendo mais da metade da população em alguns bairros que se declaram negros e também esses mesmos bairros têm os maiores índices de genocídio desta população, mortes que ocorrem pela repressão do estado, em muitas vezes pela ação policial e por falta de acesso às políticas públicas, sendo assim o silenciamento escolar não só gera desinformação, mas também não aceitação de traços, da cor da pele, do cabelo crespo, naturalização de discriminações, diversas violências e além de perpetuar o racismo.

A educação tem a tarefa de contribuir para a construção de uma nova sociedade e essa só será possível com um posicionamento crítico diante desta realidade, as leis não mudam mentalidades, mas garantem um marco na busca por garantia de direitos.

Outra lei tramitando no congresso para o silenciamento de assuntos importantes é a escola sem partido que busca pôr fim às ideologias políticas, partidárias, de gênero, ideias de cunho marxista, também falar de manifestações e passeatas durantes as aulas, nos quais os professores são vigiados e podem ser punidos, na verdade é uma mordaça para o corpo docente, Fonseca se posicionou sobre a lei escola sem partido e para ele é uma lei que torna a escola sem sentido.

Alega que “até para as pessoas que negam o conhecimento é necessário se aportar dele”, as contradições são importantes, não podendo ser ignorado o acúmulo de conhecimento gerado pela humanidade e também discutir os assuntos que estão acontecendo na atualidade. Ainda segundo ele a presença de um vereador indo fiscalizar as escolas é uma atitude "policialesca".

Já que acessar os conhecimentos acumulados pela humanidade é tão importante, a África também deveria estar com uma atenção especial, já que lá as grandes explorações vindas do “primeiro mundo” estruturaram boa parte do seu desenvolvimento, destaco aqui alguns exemplos: no conhecimento de infraestrutura, enquanto a população da Europa morria com a peste bubônica, na África existia o Egito com uma avançada organização de irrigação e esgoto. Enquanto as mulheres eram tratadas como acessórios em boa parte do mundo, na África tinha, e ainda tem, a estrutura matrilinear com grandes guerreiras como a Rainha N’Zinga, líder de exércitos e com muita estratégia saiu vitoriosa diversas vezes, a palavra ginga significa habilidade. E de pessoas que tinham as técnicas de manipulação de metais para construir templos, objetos sagrados, estátuas e este mesmo saber quando chegou na Europa construiu canhões.

Por tanto, meninos e meninas têm direito a uma escola que permita a reflexão e acesso aos conhecimentos fiéis a história e a sua realidade, as leis não geram esse posicionamento do professor, mas podem estruturar toda uma política pública para que ela aconteça, isso também faz a escola ter sentido.

segunda-feira, 22 de maio de 2017

A relação entre mobilidade e violência contra a mulher


Por Sheyla Melo


Frederico Bussinger no último encontro do repórter do Futuro que aconteceu no dia 20 de maio de 2017 na  Câmara Municipal de São Paulo nos traz um posicionamento sobre a mobilidade e a logística na cidade de São Paulo.


De início ele faz o comentário sobre a predominância feminina no grupo, que é complementada por Sérgio Gomes com o dado que 75% da categoria de jornalistas são mulheres. Freddy inicia então com a partilha que vem com a afirmação de um ceticismo por mudanças vindas da lei, é certo que existem muitas leis no país que ainda não são cumpridas ou que não fazem a mudança na mentalidade das pessoas, mas ela é fundamental, uma opinião diferente é de especialistas em educação que garantem que o ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente marca uma nova forma de encarar a infância. Para Flávia Biroli a legislação garantiu avanços para o feminismo, ela define em seu livro Feminismo e Política  que a conquista na “legislação relativa à violência doméstica e ao estupro se apresenta como avanços não apenas na contenção dessas formas de agressão contra a mulher, de modo mais específico, mas também na definição dos direitos das mulheres à autodeterminação”.

Frederico Bussinger é Engenheiro, Consultor Técnico e ex-Secretário Municipal dos Transportes de SP
Ao ser questionado sobre se a violência contra a mulher tem relação com a mobilidade, a resposta de Bussinger é que o transporte por atingir todos o território de São Paulo sempre terá dados de violências, já os dados obtidos pelo Estado de São Paulo por meio da lei de Acesso à Informação relata que em 2016 foram 188 casos relatados nos trens e 31 em ônibus, sendo 4 casos por semana registrados.

Outro fato é que pessoas estão mais vulneráveis por passarem tanto tempo no transporte ou na rua aguardando os longos intervalos entre os ônibus e neste caso se o transporte estiver lotado, maior ainda é o risco de assédio às mulheres. Logo as locomoções das pessoas das bordas para o centro eleva problemas na mobilidade e nessa ideia ele converge ao falar que outro ponto que potencializa o problema da mobilidade é a criação de conjunto habitacionais isolados e o quanto isso impacta no transporte.

Apresentado por Frederico a ideia do amanhã sempre provocou o ser humano.
Como será a cidade do amanhã? Qual o projeto para o futuro? Sua reflexão direciona que o sucesso está na atuação do presente e também a aponta para o papel do jornalista como um difusor de  informações para garantir mudanças. Fico na expectativa que essa cidade do amanhã seja mais humana, para tanto que seja sem violência, discriminação e concentração de privilégios.


terça-feira, 9 de maio de 2017

Um relato sobre o 1º encontro de filosofia em Guaianases com o professor Donizete 


Por Sheyla Melo

Já pararam para pensar que o modo que pensamos, questões que levantamos até hoje são desdobramentos do que os gregos levantaram? Donizete Soares inicia a aula explicando o que é filosofia, uma invenção grega que existiu de 800 A.C até 300 d.C, todo resto da filosofia do mundo é rodapé daquilo que eles escreveram, nossa cultura é um grande engodo, uma falsificação dos gregos.
 
Nietzsche declarou que enquanto as grandes culturas criavam religiões os gregos inventaram a filosofia, um jeito de pensar que não existia.

Ela é um ensinamento para que cada pessoa ache sua sina, que busque um ambiente para cada um se encontrar, essa seria a verdadeira pedagogia, fazer todos pensarem com a própria cabeça, ver o mundo a partir de seus olhos, pontos pouco ensinado na escola. A palavra filosofia significa Filo: amor e sofia: sabedoria, amor a sabedoria, para gregos os deuses eram sábios. Uma prática de gostar daquilo que tem sentido. E qualquer pessoa tem condições de fazer, a partir de seu ponto de vista do mundo, cada um é dono de um olhar para o mundo que é único. E esses pontos devem ser mantido.
 
O consenso é uma desgraça! Diz o professor de maneira intensa.

O desafio é conseguir fazer uma coisa junto mesmo com as divergências 
Discordar acontece muito pouco pois somos parecidos nas dores do coração, somos sensíveis. É na cabeça que temos o divergir e isso fazemos muito. Só que muitas vezes esse divergir vem com o rancor, mágoa e raiva. Aristóteles nos ensina que para haver diálogo tem que ter bondade e ter benevolência.
As crianças foram neste dia o belo exemplo de indivíduo, inteiro e não falseio
Muitas instituições nos educam para não nos respeitarmos e nos preparam para aceitar um dogma. Por que que eu tenho que pensar que nem você? Nós podemos divergir e para isso precisamos ser benevolentes. Eu posso mudar meu ponto de vista, mas para isso preciso mudar o ponto, ou permanecer com ele e você com o seu e mesmo assim seguirmos juntos.
Para fazer filosofia é preciso resgatar o indivíduo que está dentro de você, que é inteiro, integro e não falseio. Indivíduo vem de indivisível, ao longo da vida cada um de nós vai criando um personagem, criando camadas, máscaras, quem é você se for tirado todas as capas? O processo de individuação é o fazer filosofia.

Vamos divergir, divergir é bom!

  “Quando Pedro fala de Paulo mais eu sei de Pedro do que de Paulo” 
A tendência é projetar no outro aquilo que te falta. Quando você denuncia o outro, você mostra a sua fragilidade. Após conversas com grandes divergências, no fim da conversa a gente deveria agradecer, se abraçar, pois o outro esta enxergando coisas que você não vê e você apontando coisas que só você vê no outro.

A gente não tem conversa hoje em dia, temos é bate-boca.

A filosofia serve para diminuir, enfraquecer e evitar a violência, onde tem violência não tem filosofia e também serve para a saúde, principalmente mental, onde tem filosofia não tem sofrimento psico, este mesmo sofrimento que não existe nas tribos africanas ou aborígenes. O professor nos traz um dado que hoje uma a cada três pessoas toma remédio para dormir ou acordar.

Problema? O que é isso para você?
Quando pensamos em problema o que vem na cabeça? Uma busca por solução, a matemática, saúde, dinheiro, ou um obstáculo. Nada disso!  A nossa cultura desproblematizou o problema, a matemática não lida com problemas, o dinheiro é uma questão e a resposta é ir busca-lo, saúde é uma limitação ou a necessidade de um remédio, o problema é algo que a gente não sabe e precisa ser coletivamente buscado a resposta, junto a gente resolve.
O lixo é um problema, sozinho eu não tenho resposta, mas coletivamente a gente resolve. E se o nosso lixo voltasse?  Recomenda assistirmos A história das coisas. 
 

 
 
Muita coisa que produzimos gera lixo e para onde ele vai? O lixo dos EUA vai para a África, lixo hospitalar vai para o Nordeste, isso é um problema!
Não existe lixo na natureza, nós somos a mistura matéria (terra, húmus), espírito e informação.

 
Apresenta para nós a história do Cuidado, um personagem de Heidegger, o Cuidado requer pensar, cogitar, planejar, projetar a vida. O cuidado mexia com uma argila e faz o ser, Zeus surge para atender o pedido de Cuidado e sopra a vida no barro, estamos vivos enquanto tivermos esse sopro.  Zeus e a Terra ficaram disputando qual nome ficaria, o do espírito ou do barro? Saturno aparece e define que enquanto for vivo ele terá o sopro e matéria, quando morrer o espírito volta a Zeus e matéria retorna a terra. E para o Cuidado ele o pertence enquanto viver, viver é cuidar de si e do outro.

Para cuidar do outro é preciso ter condições de cuidar de mim. Há 50 anos estamos destruindo tudo para as novas gerações, não há cuidado para o mundo dos nossos filhos, estamos matando os nossos pelo que damos, alimentos industrializados, produzimos e consumindo lixo.
 
 
Porque por dois motivos: por consumismo e competição.
Estamos educando nossas crianças, enfraquecendo-as, ensinando a ser melhor, a ser o campeão e não assumindo as consequências. Fazemos lixo e não buscamos entender, estamos fugindo da benevolência.

O pior modelo de competição e consumismo é produzido na cabeça. As nossas ideias produzem lixo e nós as alimentamos todos os dias, isso é ensinado por vários lugares, na família, na igreja, na escola. E externamente somos um outdoor humano, relembra a poesia de Drummond eu, etiqueta, estamos vendendo as coisas dos outros e pagando para isso.

Nos apresenta o Discurso sobre a Servidão Voluntária, de Étienne de La Boiéte, escrito por ele com apenas 18 anos e nos provoca com a questão: como pode um rei mandar em mil homens? Temos hoje o um Servilismo Moderno e recomenda o vídeo sobre isso. Nos questiona: Como você aceita isso? Você vai na manifestação para manter seus direitos trabalhistas? E continuar na condição de pião na mão dos outros?

Compramos todos dias as ideias e os produtos, temos que escolher entre o capital e o humano, não é possível humanizar o capital! E como nos falta benevolência continuamos no capital, precisamos repensar a ação social, não fazer uma reforma, fazer uma revolução e mudar tudo.

Donizete nos fala da frase de Heráclito, aquele mesmo que diz não tomar banho duas vezes no mesmo, que não tolera escravo, se ele não teve ousadia, se você aliena sua liberdade não merece respeito, lembra a cena do navio do filme Amstad, no qual uma mulher se joga no mar com um bebê para não aceita a escravidão, a vida é cheia de opiniões, temos opção o tempo todo, Sócrates foi condenado e não aceitou fugir para não negar o que disse, mulheres que matavam seus filhos para não manter a engrenagem da escravidão, surgimento de quilombos é um ato de coragem, sempre tem uma escolha.

Renê Descartes foi um filho que foi deixado para morrer e criado pela ama, ele fazia um exercício de olhar cinco minutos para vela, precisamos fazer esse exercício e duvidar de tudo que falaram, da coisa única que eu não posso duvidar. É necessário colocar uma interrogação em tudo e desnaturalizar tudo para que um dia eu olhe as coisas que são minhas. O que é meu, que eu descobri em mim e pararmos de carregar coisas que não são nossas.
E a aula termina com a reflexão de qual é o melhor jeito de ser e de pensar? E a resposta é que o melhor jeito é o seu jeito, um autoconhecimento, vale a pena viver sem se auto conhecer? Que eu estou fazendo aqui? Explica o termo eudaimonia, que é o meu lugar no cosmos, existe um lugar para cada pessoa, quando estou nele fico em equilíbrio, fica tudo no seu lugar. Na nossa vida perdemos nosso lugar e ele está vazio, ninguém consegue ocupa-lo e se eu não o ocupo, coloco tudo em desequilíbrio. Ocupe esse lugar que é somente seu!O próximo encontro será dia 21/05/17 e o tema a ser estudado será a alienação.
Participantes do encontro: Ivanilton, Edilene, Jorge, Renildo, Tatiana, Pedro, Dina, Miguel, Sheyla, Donizete e Nivaldo

Todos a bordo no Projeto Repórter do Futuro

Por Sheyla Melo


O primeiro encontro do repórter do futuro aconteceu no dia 06/05/2017 às 13h na Câmara Municipal de São Paulo e foi marcado pela apresentação das pessoas que estarão conosco nesta jornada, serão 20 estudantes de jornalismo, 5 estagiários da Câmara, a Oboré – Projeto Especiais e a Escola do Parlamento, com a proposta de ser sala de aula invertida entrevistaremos pessoas que fazem parte de grandes decisões da cidade.

Nesta aula foi definida as duplas que juntas descobrirão São Paulo e se descobrirão repórteres, a minha companheira desse mar será a Beatriz, ou a Bia, estudante de jornalismo e pesquisadora da Cásper Líbero, de 19 anos, moradora da Cidade Dutra, um dos maiores distritos da zona sul, cidade que cresceu com a empresa Light e possuidora do autódromo de Interlagos. Cantora, compositora, toca piano, violão e violino, é atriz de teatro amador, amante de chás e trabalha na Revista Meu Pet.

Uniremos aqui as visões de mundo dos extremos da cidade: Cidade Dutra e Guaianases, extremo sul com extremo leste, a música já é uma linguagem comum entre nós e a outra é a educação, por esse carinho especial pela educação saímos com a tarefa de conseguir o máximo de informação possível sobre a Jeduca - Associação de Jornalistas de Educação.

E o curso tem uma perspectiva do jornalismo colaborativo, então cada dupla pesquisará um sindicato ou associação que desenvolva trabalho relacionados ao Jornalismo e partilhará para todos do projeto, uma ideia para transformar o bando em equipe.
Além do momento mágico proporcionado por Sergio Gomes ao fazer a sua resposta colocada no caderno ser a escolha da pessoa entrevistada, das 104 opções de cartas, uma era aquela que ele queria e foi na que chegou. Uma vivência para a reflexão sobre as escolhas que fazemos e as necessidades de desenharmos o que almejamos.

Antes de encerrar o encontro recebemos recomendações de livros importantes para leitura, fundamentais para a profissão, diversos livro de Umberto Eco, entre eles Zero e Ansiedade de Informação de Richard Saul Wurman.

No dia 13/05/2017 o nosso segundo encontro com o primeiro entrevistado, o arquiteto Ciro Pirondi para nos falar sobre Habitação. Com velas içadas avançamos e nossa viagem está apenas começando!

sexta-feira, 5 de maio de 2017

Silenciar a greve geral é grave

Por Sheyla Melo

Uma das maiores greves da história do país com as reivindicações de garantia de direitos já conquistado por muitos anos de luta e que, por decisões que acontecessem da noite para o dia, podem ser tirados, afetando principalmente a maior parte da população, esta que não possui a riqueza do país.
         imagem de Aloisio Mauricio

Uma greve que não foi anunciada ou noticiada nas maiores emissoras de TV, gerando um silenciamento desta pauta. Silenciar uma greve geral, é grave! Na manhã do dia 28 de abril de 2017 as estações de trem e metrô estavam vazias, bancos, escolas e comércios fechados ou boicotados pelo combinado de não comprar nada! E era o assunto nas redes sociais, a todo momento publicava-se fotos, áudios, vídeos sobre os acontecimentos e pontos de vistas de diversos locais.

Greve essa que mobilizou intelectuais, artistas, estudantes e trabalhadores/as, no relato de duas mulheres de Guaianases, trabalhadoras do serviço socioassistencial que foram pela primeira vez a sensação de ir a greve era de medo, mas sobretudo uma satisfação de contribuir para um país melhor para todos nós!

Para Idalina Soares, 63 anos a experiência da greve geral “Foi bomba pra todo lado, um quebra pau pra todo lado e a gente ficou com medo de acontecer o pior, mas a gente fez a parte que podia fazer, às 21h15 nós viemos embora e o pau ficou quebrando lá ainda, ficou um quebra-quebra lá, polícia pra todo canto, o importante é que a gente fez a nossa parte né”

Marília Isabel, 31 anos, informa que teve alguns confrontos: “eu que só via na tv, agora eu tava lá no meio, dá um medo mas também dá uma sensação legal e agora vou em todas se eu puder”

E Aline Moreno, 26 anos, já havia acompanhado outras manifestações e nos diz que a greve “Foi um ato em defesa dos direitos da classe trabalhadora, durante a concentração ficamos cercados por policiais armados, começamos a caminhar pelas ruas, tinha muitas pessoas e até crianças, havia policias com o rosto coberto em posição organizada, pareciam prontos pra guerra, mesmo assim seguimos com o ato, em alguns momentos tinha aquela correria, bomba de gás, a todo momento a repressão, violência física e psicológica por parte dos policiais para com os manifestantes”.

Nesta greve mesmo com pouca, ou nenhuma, transmissão da greve na TV as pessoas foram para as ruas e lá vivenciaram uma grande mobilização popular e em suas memórias os seus pontos de vista nunca serão silenciados.

quinta-feira, 4 de maio de 2017

Com o coração no lugar certo

 No 7 de abril é comemorado o dia do Jornalista, aquela pessoa que gosta de escrever, mas não só isso, possui um bicho chamado curiosidade e inconformismo, nessa provocação Aldo Quiroga iniciou o encontro de seleção para o Projeto Repórter do Futuro. Além de nos alertar sobre uma passividade dos profissionais e da população pelos acontecimentos no cenário político nacional e internacional.

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Abertura do projeto e seleção de estudantes – 08/04/17 – Câmara Municipal de São Paulo.
            O projeto é apresentado com um belo convite para os estudantes: como uma semeadura de pessoas esquisitas com o coração no lugar certo e principalmente para a complementação acadêmica sobre o jornalismo como uma prática diária da inteligência e exercício cotidiano do caráter.
             Sérgio Gomes reforça que o jornalista tem uma atividade política, relembra as agressões que 127 jornalistas sofreram em manifestações e que destes 90% eram assalariados dos meios de comunicação mais veiculados e que infelizmente não houve um posicionamento das instituições. Ressaltando que o jornalismo precisa ser relevante, atual e de interesse público, nessa área não pode entrar quem é analfabeto político.

               Os que tem o coração no lugar certo saíram deste encontro com a certeza que o jornalismo possui uma incrível importância para a democracia. O curso iniciará no dia 06 de maio e vai até 8 de julho.
             Mais informações em Oboré Projetos Especiais, Escola de Parlamento e Câmara Municipal de São Paulo.