“A hora é agora e o lugar é aqui!”
Por muitos séculos o conhecimento de conceitos é compartilhado por pessoas, porém não por todas, geralmente este é compartilhado por alguns poucos e privado para outros muitos. Por quê? Ideologicamente, o conhecimento é poder, quanto mais o povo for afastado dele, mais fácil será sua dominação.
Logo, o povo é condicionado a acreditar no fatalismo, onde as coisas são como são e não podem ser mudadas e esta é a maior competência da dominação, condicionar as pessoas a se naturalizarem com a situação que lhes é dada. Ou pior ainda por a culpa nelas, na qual a situação de dominado é fruto de sua falta de esforço ou por não possuir mérito individual.
Nós, pertencentes à classe não privilegiada fomos estimulados a acreditar em tudo isso, acreditar que não temos um bom emprego porque não fizemos cursos profissionalizantes, ou não entramos em boas faculdades por não termos nos dedicado suficientemente aos estudos, ou não ter como ir a um bom hospital, por não possuir condições de pagar tal diária, ou de se alimentar de forma adequada, já que os bons alimentos são de preços inacessíveis... Enfim fomos condicionados a acreditar que a culpa da situação que nos encontramos é nossa, que a desigualdade é um produto de nossas ações e não algo mantido por uns poucos que estão no controle.
Assim o local mais eficaz para que esse condicionamento aconteça é na escola, visto nos discursos de professores e na forma de compartilhar o conhecimento, foi criada uma linguagem e uma forma de organização muito complexa, justamente para ser para poucos. Para Arruda “muitos não possuem sucesso na escola não por serem incompetentes, mas por se tornarem incompetentes graças a distribuição desigual dos bens”. E o que você faz? Aceita a escola que cumpre essa ideologia?
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